O mercado de vinhos aumentou no Brasil e tem espaço para crescer ainda mais.
Esse é o principal recado que enólogos, produtos e revendedores de vinhos têm passado nos últimos anos.
Mesmo o Brasil sendo um país tropical, acostumado com cerveja e caipirinha, o mercado de vinhos expandiu em 2020, durante a pandemia, e não parou de crescer. A pandemia passou e nos anos seguintes o mercado se manteve, com leves quedas, mas ainda em patamares acima de 2019.
O vinho caiu no gosto da população brasileira e tem atraído cada vez mais pessoas. Grande parte desse aumento, se deve à importação de vinhos.
Nesse artigo, você irá aprender mais sobre:
- porque vender vinhos no país da cerveja
- porque a importação de vinhos é cada vez mais um negócio rentável
- quais os cuidados no embarque dos vinhos
Porque vender vinhos no país da cerveja?
O brasileiro se tornou um grande consumidor de vinho. Desde o início da pandemia de COVID 19 em 2020, o consumo de vinho aumentou consideravelmente, chegando a bater um recorde de 2,78 litros de vinho per capita.
Esse aumento representou 30% a mais do que se consumia antes, ou seja, mais de 500 milhões de litros. Entre os anos de 2010 e 2020, os brasileiros dobraram as compras desse produto, se equiparando ao mercado norte americano.
Além da produção brasileira de vinho, o aumento no consumo de vinho só foi possível graças aos importadores.
A demanda aumentou e, sem a importação, a produção nacional não seria capaz de suprir.
O Brasil tem se destacado como um importante consumidor e produtor de vinhos nos últimos anos, atraindo a atenção de exportadores internacionais. Veja o gráfico abaixo referente ao consumo anual de vinhos no Brasil, registrado em 2022 e com uma projeção de 2023.
Cuidados no embarque de vinhos
Se você se interessou pela possibilidade de importar vinhos para o Brasil, saiba que existem alguns cuidados necessários para realizar antes do embarque.
Para se importar vinhos, não existe mistério. Ele segue os procedimentos regulares de qualquer importação, exceto por alguns detalhes.
Destacamos os principais pontos de atenção logo abaixo.
MAPA
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil) é o órgão controlador da importação de vinho e seus derivados.
Atente-se para o registro junto ao MAPA. O mesmo é solicitado através do SIPEAGRO (Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários)
O SIPEAGRO solicita o preenchimento de informações e uma relação de documentos. Este registro é obrigatório por lei. Somente estabelecimentos que possuem registro já concedido no sistema poderão iniciar os procedimentos de importação.
Documentação
Além da documentação padrão exigida, como fatura comercial, packing list, conhecimento de embarque e licença de importação, para importar vinhos é preciso providenciar também:
- certificado de origem
- certificado de análise
- certificado de tipicidade – apenas quando necessário
Cuidado especial com rótulos
A legislação brasileira define uma série de informações a serem exibidas no rótulo principal e no contra rótulo do vinho importado.
Destacamos algumas das exigidas que deve constar no rótulo:
- Nome do vinho
- Tipo da uva
- Marca
- Ingredientes
- Safra
- Lote
- Conservantes
- Validade
- Graduação alcoólica
- As recomendações de “evite o consumo excessivo de álcool” e “proibido para menores de 18 anos”
- Nome e registro do importador
No caso de haver alguma informação faltante, o MAPA solicitará que a mesma seja inserida, podendo gerar aumento no tempo da operação, custos para etiquetação de todos os vinhos, além de outros custos extras.
O embarque
Quando se trata de uma importação de bebida alcóolica, vários cuidados devem ser tomados.
O vinho é usualmente acondicionado em caixas de 6 ou 12 garrafas, respeitando o peso máximo de 1 tonelada por pallet, mitigando o risco das caixas avariarem e quebrarem as garrafas.
Na primeira etapa do transporte, do produtor ao porto, atente-se à condição climática, pois se estiver muito calor na região, o vinho pode acabar sofrendo reações químicas e alterando sua integridade, tendo, muitas vezes, que ser utilizado um transporte com temperatura controlada.
O vinho chegou no Brasil. O que é a coleta e análise?
A coleta e análise do vinho é necessária somente se esta for a sua primeira importação.
Importações recorrentes do mesmo produto (contendo a mesma denominação, marca comercial e mesmo produtor), possuem a dispensa da coleta e análise de amostra durante os próximos 36 meses.
Quanto a coleta, a mesma não pode ser inferior a um litro (geralmente são coletadas duas garrafas de 750 ml de cada rótulo, uva, safra ou lote).
Isso é necessário para o cumprimento dos critérios previstos na Instrução Normativa nº 75, de 31 de dezembro de 2019.
Através da análise é possível identificar a presença de substâncias como corantes, ácido cítrico, cloretos totais e sulfatos totais.
Assim que concluída a análise do produto, e observando a conformidade dos critérios estabelecidos, é emitido o Certificado de Inspeção pelo MAPA, documento que ateste a aptidão do produto para comercialização em solo brasileiro.
Conclusão
Neste artigo você aprendeu que o mercado de vinhos cresceu bastante de 2019 para cá e, apesar de não estar no mesmo ritmo de 2020, ainda tem muito espaço para crescer.
O Brasil é um país imenso, possuindo várias regiões com climas distintos, permitindo que o vinho seja consumido tanto em áreas mais quentes como mais frias.
Cada vez mais a população, em um modo geral, aprecia a degustação de vinhos em um cardápio completo.
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